terça-feira, 27 de outubro de 2009

a, b, c ou d?

 

Jogos desafiantes e fodidos… jogos que procurávamos, eu e Navi. Sempre que na companhia um do outro – ou não -  o tesão pairava no ar sob diferentes formas. Sempre preferimos disfrutar os prazeres do sexo  juntos, apenas os dois, mas também e ocasionalmente com outras pessoas. Num fim de semana, fomos a um bar/discoteca onde conhecemos um casal com quem acabámos por foder. Os 4. Trocados, Foi um tesão vermo-nos um ao outro, bem perto, lado a lado, Olhávamo-nos os dois intensamente enquanto fodíamos trocados, quase que esquecendo esse casal. No fundo, tanto eles como nós sabíamos que nos estávamos  a usar uns aos outros para gozo puro. Maravilha de tão transparente e excitante que foi! O que se seguiu depois, eu e Navi, fodermos os dois já sós, foi transcendental…

Uns dias depois, o desejo de mais brincadeiras tornou a fazer a sua aparição. Enquanto fodíamos, fantasiávamos com esta ou aquela possibilidade. Umas mais fáceis, outras nem por isso…. As mais fáceis passavam por experiências em que estivéssemos juntos fisicamente; as outras implicavam estarmos fisicamente separados.

As possibilidades eram:
a) Trio com um heterosexual
b) Trio com um bisexual
c) Fodermos separados com quem quisermos
d) Fodermos os dois juntos com outro casal

a) O trio com heterosexual, sempre excitante, seria o mais “normal”…
b) O trio com um bisexual seria já bastente especial pois a Navi sempre teve uma tusa celestial por me ver, no meio de uma foda a três, a brincar como o outro macho, coisa que eu não rejeitava. Afinal, estávamos ali apenas para o sexo e, nesta perspectiva, valia tudo…sempre fui muito seguro de mim, sem traumas ou dúvidas interiores, pelo que não me causava qualquer estranheza podermos gozar assim. Sexo por sexo apenas, era o que era.
c) Fodermos separados… bom, aí já era outra coisa. Bem mais complicado… Muito excitante todo o jogo prévio, mistura de emoções tipo querer e não querer mas a dar um tesão infinito. A imaginação a tomar conta de cada um de nós, a pensar como seria fodermos com outras pessoas sem estarmos presentes, a ter uma vontade exacerbada para depois saber e ouvir como foi, tornando assim as nossas fantasias em realidades, coisa que tanto desejávamos sempre que nelas mergulhávamos quando estávamos os dois. Os detalhes de ir passando à prática tal jogo seriam para serem combinados. Irmos contando um ao outro como tudo se ia desenrolando ou apenas contar no fim? Não sabíamos então pois era uma experiência nova…
d) Sempre  uma coisa muito excitante principalmente por nos vermos os dois ao mesmo tempo a fodermos com outras pessoas. Só que já aconteceu na semana passada e agora gostaríamos de tentar outra coisa mas de tão bom que foi que até nem era mau repetir. A passagem à prática poderá é ser mais problemática porque envolve o querer de quatro pessoas simultaneamente.

E estas interrogações iam continuando presentes sempre que fodíamos ou batíamos punhetas juntos…. Mas a realidade é que embora as duas primeiras possibilidades fossem mais do nosso agrado, a última era a que nos deixava claramente  num estado de completa e descontrolada  excitação…

Veremos o que aconteceu nos posts seguintes…

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Jogos perigosos

 

E acabou por acontecer o que já se esperava. Lembram-se do post “Sempre no Céu” de 1 de Outubro? O tal cabrãozito - vou-lhe chamar “outsider” - por quem a Navi tinha um tesão em particular? Tínhamos que ir mais à frente e acabámos por nos encontrarmos os três. Um copo num bar e uma volta curta de carro. Já havíamos fantasiado bastante com ele tendo mesmo chegado a uns soft flirts: troca de olhares entre os dois, Navi e outsider, beijos e dança bem escandalosa. Pior ainda, fui eu que a direccionei para ele, para dançarem. Daquelas maluquices que me dão às vezes. Sei que a Navi o desejava e eu também gostava de ver.

Desta vez e após uma troca de sms, encontrámo-nos. A atmosfera transpirava tesão e todos sabíamos o que desejávamos. O outsider já tinha estado com outros casais e era sabido que esse era o nosso desejo: um trio com ele. Conversa ia-se desenrolando, troca de experiências e ele, em certa altura, relembrou a história de um casal: o marido queria ser “enganado” pela mulher e por ele. Aí, a Navi – sempre cabra – disse logo, virando-se para mim e olhando para os dois alternadamente: aqui a Navi também tem fantasias dessas! Eu reclamei logo dizendo que não era bem assim, que já tínhamos tido essa fantasia mas os dois. E lá fomos mergulhando nesta conversa, bem dispostos. Eu filosofava. Dizia que isso só seria possível quando a segurança do casal era total, que ambos tinham que ter tido experiências sempre seguras sem nunca terem sido enganados. E aí, poderiam gostar de experimentar tais sensações embora sabendo que não passavam de jogos.

O que se passou depois foi um tesão, para mim e para a Navi (para ele creio que também), de subir paredes. Fomos no meu carro, eu a conduzir, a Navi ao lado e ele atrás. Para um local discreto. Enquanto conduzia, vi o outsider chegar-se à frente e beijar a Navi. Tusa que me deu! Chegámos ao local escolhido e, após um pouco de conversa, comecei a beijar a Navi e a paasar-lhe a mão na cona. A Navi estava tão molhada! Resultado foi tirar-lhe o vestido e ficar nua. Eu estava deliciado a ver e a querer mais. Ajustei os bancos para dar maior mobilidade e vi a Navi virar-se para o banco de trás, muito lentamente, e beijar o outsider. Enrolaram-se, em slow motion, em silêncio. O ambiente era muito estranho. Normalmente, em brincadeiras que normalmente temos, vamos todos tendo conversas de tusa e, desta vez, o silêncio era mesmo absoluto. O que me deixava – o que é terrível – não só fodido mas também com muito tesão. Já sabia que este outsider – por sinal uma pessoa bem interessante – queria mais do que os outros todos queriam. O seu desejo era diferenciar-se e ter algum controlo sobre não só da situação mas também – e bem pior – da alma da Navi. Não só o corpo mas também a alma e coração. Ok, sabia que ele não queria (seria?) para andar com ela ou ma roubar mas os homens são assim, muitos deles: gostam de ser queridos pelas mulheres, sejam elas quais forem. Por uma questão de ego, tipo “foda-se! elas gostam todas de mim. Não me resistem. Sou o maior!”. Mas, mais importante do que ele pudesse querer, eu sabia que eu e Navi éramos indestrutíveis. E isso dava-me força para avançar para todo o tipo de experiências. Limites desconhecidos….

A Navi sentiu que eu estava bem e que ambos queríamos ir mais além. Enquanto o beijava, eu comecei a bater uma no meu banco. Sem poder ver bem mas ia olhando o que podia. E isso deu-lhe mais vontade de continuar. E passou para o banco de trás, sentando-se em cima dele, beijando-se os dois, com carícias, movimentos de foda, trocando olhares e palavras ao ouvido praticamente imperceptíveis para mim. Pareciam dois namorados. Foda-se! E se eu ficava fodido, o tesão que ia subindo anulava o fodido. Só queria mais!

Muitas vezes fantasiámos em foder com outras pessoas a níveis de tesão elevadíssimos, o que não tinha acontecido até ao momento. Mesmo ao ponto – dizíamos nós – de esquecermos, por momentos, um do outro. E neste caso, parecia estar a acontecer. Um esquecimento relativo, claro, mas esquecimento! E aquele silêncio tudo fazia para que concretizasse tais desejos. Teatro? Não sei mas a verdade é que estava a acontecer. A Navi – disse-me depois – enquanto me beijava também, ia apertando a mão do outsider. Foda-se!!!!!!  Puta mesmo que ela estava a ser!!!! Como que estabelecendo uma cumplicidade com ele que normalmente tinha comigo. E, um bocado depois, virou-se ao contrário no seu banco, para nós, e bateu punheta para os dois. Mas, na maior parte do tempo, ia olhando para ele. Olhar fixo, um no outro, enquanto batia. E eu, ali ao lado, a olhar morto de tusa. A não querer mas também a querer tanto. A pensar: puta, bate mais para ele! Os dois, a baterem um para o outro! Como tantas vezes fantasiamos: a cabra a esquecer-me de mim enquanto gozava com outro. E eu a ver, como se não estivesse ali. Como se fosse uma mosca, invisível. Queria ver a Navi a gozar com alguém que lhe desse tesão como se eu não estivesse ali. Sei que nunca é a mesma coisa  mas já estava a ser bom. Por outro lado, ela estar com ele/outro sem eu estar presente, dava uma tusa muito grande mas seria uma pena não ver. Uma confusão! Isso sim! Mas não se pode ter tudo, não é?

O outsider ia batendo punheta, já com o pau de fora, Navi sentiu – ao olhar para mim – que estávamos bem e queríamos mais. O outsider chegou-se à frente e beijou a Navi. Línguas que se cruzavam e sentiam. Estávamos os três bem pertos um do outro. E Navi alternava beijos em mim e nele. Ora um ora outro. Todos tão perto. Um tesão tão grande! Pouco depois, Navi começou a bater punheta ao outsider. Enquanto isso e com a outra mão, batia-me a mim também. Aos dois ao mesmo tempo. Navi não me chegou, pouco depois,  a contar esses detalhes, o gozo que ia sentindo. Mas senti que a tusa era enorme.

Pouco depois, Navi chegou-se ao banco de trás, ao outsider, e começou a beijar-lhe o pau. Não a fazer um broche como fez a outros mas a beijar mesmo. Como se o que sentisse fosse algo diferente. Beijava, fazia festinhas com a língua, lábios. Sentia-se bem que, daquela vez, queria ser diferente. E eu a ver, fodido mas com tanto tesão. A pensar: “Vai puta, goza aí e entrega-te a ele. Mostra-me o desejo tão grande que tens por ele!” Quando a Navi engoliu o pau do outsider, ouvi-o gemer….Fodido que estava mas a gozar que nem um louco. E a querer que ela fosse mais à frente. Completamente solta. Queria vê-la completamente solta. A ter tesão por outro como nunca tinha tido até então.

Punheta que ele lhe bateu. E eu a ver. e a bater ao mesmo tempo, num tesão desenfriado. A Navi estava no banco da frente com a sua cara junta à minha e o outsider chegado à frente. Aí, a Navi chegou perto do outsider e,de modo a que eu ouvisse, segredou-lhe, ao ouvido o seu nome por três vezes, num tesão desmesurado. E eu a querer sempre mais… Os tais cornos que sempre fantasiámos, queria-os agora. Mas porque sabia que estávamos juntos os dois… E o silêncio continuava… como que num diálogo entre eles que mostrava que não era só tesão mas algo mais…

O outsider fez sinal à Navi e disse que gostava de a ver foder comigo. Navi pôs-se de quatro, no seu banco e eu, por trás, comecei a fode-la. Não reparei se, enquanto a ia fodendo, a Navi ia olhando para ele. Tive pena de não ter tomado atenção a esse “pequeno grande” detalhe. Era sinal da cumplicidade deles, se isso acontecesse. Uma cumplicidade que me poderia deixar fodido mas com grande tesão. Acho que até queria que isso tivesse acontecido ou mesmo tenha acontecido.

Fodido foi quando, em certa altura, perguntei ao outsider, se trocávamos… ou seja, se ele ia foder a Navi. O cabrão – é mesmo a palavra certa – disse que ficava para outra altura! Ou seja, percebi que ela queria foder a Navi com tempo para tornar esse momento como algo de muito especial. Para fazer perdurar essas emoções. Ora foda-se! Pensei eu! “Não és mais que um vibrador humano como tantos outros, mesmo que a Navi sinta de forma diferente”, pensei para mim. E parei de foder a Navi. Mas com grande pena. Sim, sei que ele estava a gostar de ver pois batia uma enquanto nos via a foder. Mas não era ele a ter o comando. Ora que porra!

Depois disto, parámos e fomos deixá-lo ao carro. Claro que ele adorou e espera a continuação. SMS que mandou depois. Claro! Como mandam as regras.

Depois disto, eu e a Navi tivémos ums sessão tórrida de sexo, relembrando tudo. Até, na altura, falámos em ela voltar a foder com ele, comigo ou não. Tudo era possível já. Mas sabíamos bem que o nosso desejo era fazer tudo em conjunto. Os três. Alturas até houve, então, em que já encarávamos a possibilidade de eles foderem os dois sem mim. Bem…até podia pensar nisso se os estivesse a ver live… no messenger, por exemplo. Um misto de fodido mas de tesão também. Os tais limites que nenhum de nós consegue ainda definir.

Por muito que não queira, não deseje ela sentir-se atraída por outro, tesão por outro, também me dá uma tusa sobre-humana pensar nisso. Jogos perigosos mas que dão um gozo difícil de definir. Cornos a nível físico, partilhados, dão gozo. Mas assim, em que o tesão e algo mais podem ser elevado a outros níveis, é extra-terrestre. Sentir o gozo da Navi a tal nível, bem solta, é algo mesmo fantástico. Para depois a ir buscar. Mas, ao mesmo tempo, a não querer (eu).

Punhetas que já bati. Para mim. Apenas. A pensar nisso. A querer que ela fizesse tudo isso. Para depois me dizer. Depois ou na altura. Ou a ouvi-la a foder (por telefone mas eles não falam. foda-se!) ou então a vê-la pela webcam. Queria e não queria. Mas acho que, no fundo, queria estar presente, de lado, a ver os dois envolvidos, loucos de tusa um pelo outro, a foderem como animais. Com coração também ou não. Mas acho que seria com  o coração também. O cabrão quer marcar a diferença, Como eu muito bem sei! E a Navi… adora jogos destes… como eu…

 

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Navi em versão multicolor

 

Sempre que beijava a Navi, até a minha língua mudava de cor…

Fantástico!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Meu primeiro threesome

 

A minha primeira experiência a nível de sexo com mais que uma pessoa foi a sempre idealizada e sonhada por todos os homens; trio com duas mulheres.

A P vivia fora de Lisboa e, quando entrou para a faculdade, foi viver para Lisboa. P e uma amiga, C, alugaram uma casa e aí ficaram as duas a viver durante os cinco anos do curso. Eu conhecia a P há algum tempo, não muito, mas suficiente para se sentir alguma atracção mútua. Saíamos ocasionalmente, como dois amigos, até que, uma das vezes, o beijo aconteceu e, mais tarde, sexo. Para algum espanto meu, a P era virgem. Por uma ou outra razão, a primeira vez que tivemos sexo foi no carro.

Entretanto, vim a conhecer a amiga, a C, que sabia da relação que mantinha com a P, ou seja, tipo amizade arco-íris. Passei a ser visita mais ou menos frequente da casa delas e, um dia, estando as duas sentadas num sofá de 3 lugares, cada uma no seu canto, deitei-me ao longo, de costas para cima e virado com a cabeça para a P. Propositadamente ou não, a zona do meu pau ficou “ao colo” da C. Os beijos que eu e P, íamos trocando eram acompanhados de leves movimentos de foda que iam sendo sentidos e retribuídos pela C. Às tantas, era já notório para os três o que se passava. Nenhum de nós tinha tido, até então, qualquer experiência do género.

Alguns momentos depois, já estávamos os três enrolados para, no meio de todo aquele tesão, assistir ao tal sonho básico de qualquer homem: ver as duas amigas beijarem-se, de língua. A sequência foi a previsível: os três na cama! Fodi as duas – a C já não era virgem – e, alternadamente, as duas iam-se comendo igualmente.

O dia seguinte foi um bocado estranho para elas pois nunca tinham tido tal experiência, principalmente entre mulheres e, especialmente, entre amigas. A verdade é que tudo foi muito excitante e assim fomos continuando durante alguns meses. Por vezes, a P sentia alguns ciúmes e a situação tornava-se complicada. Alturas houve em que a C quis foder comigo sem a P o que acabou por acontecer. Dissemos à P o que se tinha passado e ficou-me a ideia que não lhe foi nada excitante ouvir tal coisa, talvez motivado por alguns possíveis ciúmes.
Nunca cheguei a saber se as duas, vivendo na mesma casa, tiveram alguma vez sexo juntas, sem mim. Nunca tal tema foi falado. Para grande pena minha. Naquelas idades, os jogos mentais ainda não eram notórios. Era apenas sexo por sexo. Na altura era bom, E, por isso, não me posso queixar! :) Hoje, seria insuficiente. Os tais jogos mentais…. esses sim, dão toda a cor à “brincadeira”… em que a Navi era exímia…(e eu sempre a falar nela…).

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sempre no céu…

 

Ainda a Navi, sim, sempre ela…em momentos mais ou menos fáceis, a Navi ocupava-me sempre os pensamentos; mesmo nos menos fáceis e cujas causas, por vezes, nem tinham explicação. Burrices, diria eu! :) Mesmo que entre nós sempre tivesse havido grande abertura e transparência, por vezes sentiamo-nos incapazes de dialogar. Talvez numa procura de não nos tornarmos chatos um para o outro, tipo inquisidores ou parecido.

Mas tinha uma coisa “engraçada” nestas alturas… os dias, quando nestes estados de limbo, à medida que se iam arrastando,  tornavam-se bem mais complicados quando deixávamos, por essa razão, de nos virmos. As tais brincadeiras de que aqui já falei várias vezes, essas paravam o que não quer dizer que não sentíssemos a sua falta. E o tesão ia sempre aumentando, aumentando, aumentando… mas isto apenas porque, na realidade, estávamos sempre bem…

E tinha o presentimento que nos encontrávamos na mesma situação. Só que nos calávamos, um perante o outro, porque nos sentíamos num beco sem saída, à espera que algo acontecesse para descomprimir. Burros os dois pois a tal saída era tão fácil de encontrar…

A propósito ou não, só de recordar estas coisas - a vontade de bater uma com ela, mesmo à distância e com as tais brincadeiras envolvidas, dava, tantas vezes, uma vontade….e quando acontecia, lá voltávamos nós ao céu, de onde nunca havíamos saído…

Entre nós e pelo tempo juntos, a necessidade de provas da transparência, partilha e cumplicidade, um perante o outro, ia-se desvanecendo progressivamente pela segurança que íamos sentindo, aumentando, de dia para dia. Lembro-me uma vez, numa semi brincadeira que fizemos os dois. Eu, a Navi e um outro por quem a Navi sentia um tesão particular. Estávamos os três juntos e, em determinada altura, afastei-me um bocado. Quando voltei e olhei – sem eles terem dado por mim -  vi os dois, olhando-se fixamente, muito perto um do outro ou mesmo quase colados,  para terminarem num sorriso que se sentia cúmplice em que as palavras eram desnecessárias. Aproximei-me deles como se nada tivesse visto. Esperava que a Navi me dissesse alguma coisa depois. Afinal, todas estas coisas faziam parte dos nossos jogos que, a serem levados para a frente, só funcionariam com a tal partilha excitantemente exaustiva. E, daí, a sustentação de toda uma  das vertentes da nossa relação.
Não me disse logo a seguir – já fora da presença dele, como é óbvio – porque não houve grande oportunidade mas sim no dia seguinte. Mas confesso que já estava a começar  a ficar bem fodido, até me ter dito… Começava a ter medo de sentir que algo estava a falhar…
Para a Navi, o ter dito não foi nada de especial, de relevante,  mas para mim foi e muito. Talvez tenha sido mesmo uma das situações mais relevantes mesmo. Por eu, mais uma vez, constatar que me disse algo que a Navi pensava que eu não tinha visto.
E é com estes pequenos grandes tijolos que se vai construindo uma relação à prova de tudo…  e em que Tudo (sim, repito o Tudo) é possível…