Tive uma namorada ou, melhor dizendo, uma relação, que nunca a soube definir. Gostávamos um do outro, davamo-nos muito bem na cama, partilhávamos as mesmas maluqueiras. Ela vivia junta com alguém já há 12 anos ou parecido. Por vivermos distanciados umas centenas de kilómetros, não nos podíamos ver tantas vezes como queríamos. A relação durou 6 meses e que se traduziu por estarmos juntos umas 8 vezes, talvez.
Porque o companheiro era ciumento e ela quase que dependente de sexo,enganava-o sistematicamente com quem lhe aparecesse à frente. Apenas pelo prazer da foda. Quando a conheci, teve o cuidado de mo dizer e, por isso, já sabia com o que contava. Na altura, os interesses eram mútuos pelo que resolvemos dar umas valentes fodas, a maior parte bem porcas.
Estórias bem giras aconteceram mas ela não me parava de me surpreender. Mesmo em alturas em que pairava no ar uma onda de “gosto de ti”. Entre nós, porque nos reconhecíamos um ao outro como uns belos cabrõezitos e por isso pressupunha a existência de um “respeito” mútuo, era entendido que não nos deveríamos enganar ou esconder fosse o que fosse. Fodas que déssemos um sem o outro deveriam ser partilhadas. Pois… deveria ser assim mas não foi…
Um dia, no meio de uma das nossas fodas cheias de tusa, ela passou-se e confessou-me algo que tinha acontecido uns tempos antes…
E assim reza e estória:
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Estávamos numa festa em que o sexo era rei e a A, em determinada altura, disse-me que ia à casa de banho. Passado um bocado, voltou com um sorriso nos lábios que interpretei como fruto de boa disposição que se sentia na festa. E o que tinha acontecido ? Ela tinha-se cruzado com um homem no corredor que a queria comer. A sua resposta foi: “tens 60 segundos!”
Foram para um quarto vazio, ela encostou-se à parede e ele, sem entender bem se era ou não brincadeira os tais 60 segundos, ia perdendo tempo com conversas de macho engatatão (coitado! nem percebeu que era ele a ser o usado). Entretanto, a A ia contando… 60, 59, 58, 57 e aí por diante… Pelos vistos, o macho convenceu-se mesmo que ela estava a falar a sério e começou a fode-la enquanto ela continuava o countdown… Chegou aos 5, 4, 3, 2, 1, 0 e empurrou-o para o lado, tendo acabado ali a foda. Veio-se embora, deixando o suposto macho, estáttico, de calças em baixo, a bater válvulas.
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Até podia ter sido uma coisa gira, a brincadeira, se ela me tivesse contado na altura mas confesso que não achei graça nenhuma pelo tal “respeito” que era suposto os dois termos um para com o outro. A partir daí, deixei de confiar nela e as coisas começaram a perder a magia que até então tinha. Mas que houve estórias bem engraçada, houve sim.