Ainda lembrando a minha primeira namorada… a minha primeira experiência de conhecer a sensação de levar com um par de cornos, bem merecidos, diga-se.
Como disse antes, enganei-a várias vezes e durante os anos em que estivemos juntos. Às tantas, descobriu e acabou por me fazer o mesmo. Só que, no meu caso, ainda com um orgulho de macho acentuado e por ter sido eu a descobrir – não foi ela que me disse – acabei com a relação. Foram dias, semanas e não recordo bem se meses até, de um grande sofrimento como até então nunca tinha experimentado. Creio que foram várias as emoções sentidas ao mesmo tempo: orgulho ferido, ciúme, sentimento de posse devassado, egoísmo, saudades daquele primeiro amor. Sofri e chorei ao pensar que não estava comigo mas sim como o tal outro e, mais tarde – como vim a saber – outros mais ainda. Foram tempos bem difíceis.
Sexo tinha sido muito bom com ela, fruto de anos de aprendizagem mútua e iniciação de partilha de fantasias conjuntas. Por vezes, eram horas e horas seguidas de sexo. Em minha casa, no carro e até em pensões (o dinheiro não era muito).
Mais tarde, uns 2 anos depois, reencontrei-a e acabámos por voltar a andar juntos. Não durou muito. Uns 2 meses talvez. Fui injusto com ela na forma como acabei a relação definitivamente. Disse-me que tinha ido para a cama com vários naquele intervalo de tempo em que estivemos separados e usei isso como desculpa ou razão para lhe dizer que já não dava para continuarmos. Talvez tivesse passado o encanto dos primeiros anos. Não sei mesmo. Tanto mais que, durante esse mesmo tempo, eu tinha ido para a cama com várias, ou seja, tinha feito a mesma coisa ou pior mesmo. Só que a minha cabeça ainda estava formatada para o conceito de que o homem podia fazer tudo e a mulher nem tanto assim. Ou então, talvez o coração tivesse já voado para outras paragens. É que, no coração, não se comanda. Somos, sim, por ele comandados.
2 comentários:
Porque será que a 1ª/1º namorada/o nos marca sempre????
Bjs
É sempre uma experiência marcante acho eu.
Enviar um comentário